Nos próximos quatro meses, os consumidores de energia de todo o país poderão quitar a conta de luz
via Pix. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) obrigou as distribuidoras a oferecerem o
sistema de transferências instantâneas do Banco Central (BC) como opção de pagamento.
As
empresas terão 120 dias a partir da publicação da medida no Diário Oficial da União para
cumprir a decisão. De acordo com a Aneel, diversas distribuidoras permitem o pagamento das faturas
por Pix, mas outras empresas não apenas deixavam de oferecer a modalidade como nem sequer tinham
previsão para implementar o serviço.
“O Pix veio para modernizar o sistema de pagamento no
Brasil. Hoje já é o mais usado. O sistema elétrico não poderia ficar fora disso. Algumas
distribuidoras já anteciparam, fizeram isso facultativamente. Então, cabe à Aneel vir regular e
exigir que todas oportunizem ao consumidor essa ferramenta”, disse o diretor Ricardo Tili, relator
do processo na Aneel.
A Aneel esclarece que as demais formas de pagamento, como faturas com código de barras, convênios com
bancos e débito automático em conta continuam válidas. O Pix apenas se somará como mais uma escolha
para o consumidor.
O Pix poderá ser oferecido como código QR (fotografado pelo celular do
consumidor) junto com o código de barras na parte inferior da conta de luz. Nesse caso, o
procedimento pode ser feito sem o consumidor pedir. No entanto, caso a empresa queira substituir a
forma usual de pagamento pelo Pix, transformando-o na escolha padrão, será necessário o
consentimento do consumidor.
Segundo a Aneel, a adoção do Pix como meio de pagamento trará
vantagens tanto para o consumidor como para as empresas. Do lado do consumidor, além de contar com
mais opções, evitará problemas decorrentes da demora, que às vezes chega a dois dias úteis, para a
baixa no pagamento. Isso porque as transações via Pix são liquidadas em tempo real.
Para as
empresas, o Pix barateará os custos porque o código QR é mais barato que a impressão de código de
barras.